A maioria dos bancos mundiais de maior dimensão comprometeu-se em atingir a neutralidade carbónica em todas as suas atividades. No entanto, apenas 12% dos bancos estão no caminho certo para reduzir as suas emissões de âmbito 1 e 2 (das suas próprias organizações) até à data prevista para a neutralidade carbónica, em 2050. Além disso, estas emissões são apenas uma pequena fração do total de emissões pelas quais os bancos são responsáveis. Fazer face às emissões financiadas de âmbito 3, ajudando os seus clientes e as empresas nas quais investiram na redução das emissões de gases com efeito de estufa, terá um impacto muito maior no progresso dos bancos em direção à neutralidade carbónica. Estas emissões financiadas representam mais de 95% das emissões globais de um banco comum.
Avaliar e reduzir as emissões de âmbito 3, sobre as quais os bancos não têm controlo direto, será um enorme desafio. Ainda assim, é um desafio que está no cerne do potencial papel dos bancos, enquanto líderes da transição para a economia net-zero. A menos que os bancos dominem rapidamente as fases preliminares das suas próprias transições para net-zero e, simultaneamente, lidem com as suas emissões financiadas, é provável que fiquem aquém dos seus compromissos e percam uma oportunidade histórica de ampliar e fazer crescer os seus negócios.