
Fjord Trends 2022: o novo tecido da vida
FJORD TRENDS 2022
1. Venha do jeito que você é
As pessoas estão pensando de maneira diferente sobre o
protagonismo que têm sobre suas próprias vidas, apoiadas por
novas oportunidades como a economia informal, que complementa
a renda. O aumento do individualismo e da independência tem
implicações marcantes para as organizações, os relacionamentos
com talentos e os consumidores-criadores. As empresas devem
ter isso em mente ao definir sua proposta de valor para atrair
e reter talentos.
2. O fim da mentalidade da abundância?
Aqueles que sempre puderam contar com a disponibilidade e a
conveniência das coisas que desejam, precisam repensar.
Escassez, indisponibilidade, atrasos na distribuição, leis de
austeridade e fatores de sustentabilidade estão promovendo um
movimento "nature-positive" e uma abordagem mais ponderada em
relação ao consumo.
3. A próxima fronteira
O metaverso mostra um potencial além das suas raízes nos games
para oferecer às pessoas e marcas um novo lugar para
interagir, criar, consumir e ganhar dinheiro. Embora ainda não
esteja claro, o metaverso tem os ingredientes para uma nova
evolução cultural. O sucesso dependerá do entendimento das
marcas sobre seus clientes neste novo mundo.
4. Isso é verdadeiro
Fazer perguntas e obter respostas imediatas tornou-se parte da
vida cotidiana, mas as pessoas estão duvidando cada vez mais
das respostas que recebem. Juntamente com a proliferação de
canais e de fontes, este é um desafio de design e de negócios.
Aqueles que o encararem, ganharão confiança e vantagem
competitiva.
5. Manuseie com cuidado
O desejo de cuidar é uma característica intrinsecamente
humana, mas que hoje está mais visível, valorizada e
discutida. Independentemente de sua ligação com a saúde, as
organizações devem definir como vão incorporar o cuidado às
suas práticas e ofertas.
1. VENHA DO JEITO QUE VOCÊ É
O que está acontecendo
Uma era de crescimento pós-traumático está começando,
manifestando-se em relações mais profundas, abertas e com um
maior senso de força pessoal e espiritualidade, além de uma
valorização mais profunda da vida.
As pessoas se perguntam quem são e o que importa para elas, e
estão encontrando uma nova confiança para se mostrarem como
são de verdade. Também há uma maior humanização da força de
trabalho; as vidas profissionais e privadas estão cada vez
mais mescladas, e admitir não estar bem não é mais um sinal de
fraqueza.
Tudo isso faz parte de uma tendência ao individualismo e à
independência. As pessoas estão tendo maior protagonismo sobre
como e onde investem seu tempo e sua atenção. Em meados de
2021, as economias globais estavam reabrindo e a procura por
trabalhadores era grande. A Grande Renúncia viu pessoas saírem
de seus empregos motivadas por novas prioridades que surgiram
durante os períodos de confinamento na pandemia.)。1
Complementar a principal fonte de renda ficou mais fácil graças
às plataformas de tecnologia com canais e ferramentas para
transformar hobbies em negócios. Nos Estados Unidos, as pessoas
ganham em média US$ 10.972 por ano com atividades paralelas como
ensinar, escrever blogs/newsletters, alugar suas casas e
programar, entre outras.2
Essa mudança nas oportunidades e atitudes em relação ao trabalho
tem um impacto direto nos empregos tradicionais. Muitas
empresas, lutando com os efeitos de ter uma força de trabalho
fisicamente distante há tanto tempo, estão preocupadas com a
dinâmica da equipe, a inovação eficaz e com o trabalho
colaborativo. A tensão aumentou, pois as preferências dos
talentos não necessariamente coincidem com o que é melhor para
as empresas.
O aumento do individualismo, marcado por uma mentalidade do tipo
"eu acima de nós", está dificultando a empatia entre colegas nas
empresas e mudando as aspirações dos clientes, o que traz novos
desafios e oportunidades tanto para empregadores quanto para
marcas.3


O que vem por aí
NOSSA SUGESTÃO
Pense
Reflita sobre o aumento do protagonismo e da mentalidade “eu
acima de nós” e as implicações para sua organização - como
você atrairá e reterá talentos e clientes neste novo contexto?
Diga
Verbalize claramente o valor dos grupos, comunidades e
equipes, e como o aumento do protagonismo e a necessidade do
coletivo podem coexistir para o bem da sua organização.
Faça
Seja criativo sobre a forma como a proposta de valor da sua
empresa pode evoluir para se adaptar a pessoas com diversas
fontes de renda. Encare quaisquer pontos fracos para garantir
que seus talentos não peçam demissão.
2. O FIM DA MENTALIDADE DA ABUNDÂNCIA?
O que está acontecendon
No último ano, muitos de nós testemunhamos e sentimos como é encarar prateleiras vazias, contas de energia aumentando e escassez nos serviços cotidianos. Isto é um choque para alguns de nós que conseguíamos ter o que quiséssemos sem muito esforço. Nós temos a sorte de aproveitar a "mentalidade da abundância".
A crise na cadeia de suprimentos, que começou com o impacto do confinamento na indústria, continuou com bloqueio do Canal de Suez pelo navio porta-contêiner Ever Given4
, e foi agravada pela escassez de caminhões e motoristas, paralisando o fluxo de tráfego em um dos portos mais movimentados do mundo.5
Uma grande variedade de materiais, peças e mercadorias ficou em falta, desde café até chips semicondutores.
Em muitos países, esses problemas frearam a mentalidade da abundância. De uma hora para outra, a escassez se tornou constante da vida das pessoas.
As mudanças climáticas têm sido outro catalisador chave. Na
esteira dos desastres naturais, desde inundações fora de época
até incêndios florestais, as pessoas começam a entender o
impacto que seus hábitos de consumo têm sobre o planeta.
Os eventos do último ano também deixaram claro o quão
interligada e interdependente é nossa infraestrutura comercial.
Por exemplo, quando o aumento global nos preços do gás forçou o
maior fabricante de fertilizantes do Reino Unido a suspender a
produção, um impacto não previsto foi uma forte queda no
fornecimento de um dos seus subprodutos - o CO2 industrial -
que, por sua vez, ameaçou a oferta de alimentos embalados em
plástico, como a carne fresca.6
Embora a escassez na cadeia de suprimentos possa ser um desafio
temporário, o impacto deve persistir e abrir a porta para uma
mudança em nossa "mentalidade da abundância", particularmente em
relação ao meio ambiente. A escassez de mercadorias pode afetar
os clientes, e as marcas devem gerenciar as expectativas em
torno da conveniência e sustentabilidade.


O que vem por aí
NOSSA SUGESTÃO
Pense
Reflita sobre o que essa disrupção na cadeia de suprimentos
significa para seus negócios e seus clientes. Será que é
possível criar novos modelos de negócios prolongando a vida
útil dos produtos?
Diga
Deixe claro para as suas equipes de inovação e de
desenvolvimento de produtos que inovação não necessariamente
significa novidade. Trabalhar com restrições muitas vezes leva
às soluções mais criativas.
Faça
Defina sua rota de sustentabilidade para que sua empresa e
clientes se tornem "net neutral" - e, consequentemente,
"nature positive".
3. A PRÓXIMA FRONTEIRA
O que está acontecendo
A febre do metaverso está se espalhando pelo mundo, trazendo
promessas, empolgação e perguntas ainda sem respostas.
The metaverse is a new convergence of physical and digital
worlds, an evolution of the internet that enables people to move
beyond “browsing” to “inhabiting” in a shared
experience—enhanced by advancements in 3D, Augmented Reality
(AR) and Virtual Reality (VR). It’s a place where people can
meet and where digital assets—land, buildings, products, and
avatars—can be created, bought and sold. This new system of
place will shift our digital behavior and has the makings of a
new cultural epoch. Brands will need to understand how/if their
customers will exist in this new world.
Para alguns, o metaverso está indo além das suas raízes nos
games e se tornando um novo lugar para ganhar dinheiro. A
economia dos criadores está crescendo para englobar o emprego
futuro no metaverso: os criadores gerarão os ativos; os
performers criarão conteúdo em tempo real; os intermediários
conectarão o mundo físico ao mundo digital; os participantes
aprenderão e aperfeiçoarão; os construtores projetarão
experiências; a comunidade ajudará e se engajará.8
Os modelos "jogar para faturar", "criar para faturar" e
"aprender para faturar" estão transformando atividades
divertidas em trabalho.
Criadores e artistas estão cunhando ativos digitais como
fotografias, vídeos, música e arte em tokens não-fungíveis
(NFTs). Um NFT autentica a propriedade de um ativo digital por
uma determinada pessoa, o que significa que o registro de
propriedade não pode ser copiado. Isso gera escassez e aumenta o
desejo por itens digitais, algo nunca antes visto.
Observamos também que as pessoas estão em busca de uma
experiência multi-player para atividades não ligadas aos jogos,
como assistir a filmes. Por exemplo, a Netflix criou um recurso
para as pessoas assistirem conteúdos juntas, mesmo estando
separadas.9
O metaverso tem menos a ver com ficar imerso num mundo
fantástico de unicórnios e dragões e mais com ultrapassar os
limites físicos para passar tempo num espaço virtual que é uma
versão, ou uma extensão, da vida real.
O metaverso tem menos a ver com ficar imerso num mundo
fantástico de unicórnios e dragões e mais com ultrapassar os
limites físicos para passar tempo num espaço virtual que é uma
versão, ou uma extensão, da vida real.


O que vem por aí
NOSSA SUGESTÃO
Pense
Imagine seu produto no metaverso - como ele é visto, como é
comprado, para onde vai, como é usado pelos seus clientes no
metaverso. O ciclo de vida do seu produto, marca e
experiências requer uma mudança completa de mentalidade. O
metaverso é um lugar e não apenas mais um canal.
Diga
Pergunte às pessoas (especialmente aos jovens) sobre os games
que estão jogando e as roupas que compram para seus avatares.
Converse sobre as experiências que eles têm com seus amigos
online para entender melhor o potencial do metaverso.
Faça
Aborde o metaverso com curiosidade e de ludicidade, mas sempre
com integridade, ética, cuidado e respeito ao meio ambiente.
4. ISSO É VERDADEIRO
O que está acontecendo


O que vem por aí
NOSSA SUGESTÃO
Pense
Pesquise os tipos de perguntas que os clientes fazem sobre o
seu setor, dentro e fora dele. Além dos seus canais de venda,
aonde as pessoas vão para obter informações, e como você pode
criar camadas de informação que façam com que elas não tenham
que ir até lá.
Diga
Diga para seus clientes que você quer garantir que eles se
sintam confiantes ao comprar de você, dando-lhes mais
transparência e informações no ponto de venda.
Faça
Desenhe novas camadas de informação para conquistar a
confiança dos seus clientes e comunidades e prove seu
compromisso em responder as perguntas, de maneiras que possam
ser facilmente encontradas tanto dentro quanto fora do canal
de vendas. Use dados para entender o máximo que puder sobre as
camadas que cada cliente está procurando.
5. MANUSEIE COM CUIDADO
O que está acontecendo


O que vem por aí
NOSSA SUGESTÃO
Pense
Trate o cuidado tanto de maneira formal como informal.
Reconheça que cuidar é um trabalho importante e emocionalmente
desgastante. Pense em como você pode desenvolver produtos e
serviços em torno das necessidades das pessoas.
Diga
Comunique claramente que o cuidado não é transacional. Defina
o que o cuidado significa para sua organização e use-o como
uma diretriz em seu design e em sua comunicação.
Faça
Exclua da sua organização aquilo que mais frustra seus
talentos e clientes. Busque maneiras de minimizar o ruído
(como comunicações, processos internos, produtos/serviços
externos), para dar às pessoas mais tempo e espaço para as
coisas que importam.
AUTHORS
Mark Curtis
Global Sustainability and Thought Leadership Lead – Accenture Song