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Mulheres lésbicas têm o direito de amar, sem medo e sem dor!

25 agosto 2022

Alanis dos Santos, de São Paulo,  relembra os desafios e conquistas de sua jornada de vida para celebrar o Dia da Visibilidade Lésbica:

"Me chamo Alanis Fonseca Nunes dos Santos, me identifico como mulher cis, negra e lésbica. Venho de uma família com três irmãs e um irmão mais novo e de pais divorciados.

A minha relação com os meus pais nem sempre foi boa. Aprendi a ser independente desde cedo. Mesmo com irmãs (cresci com a minha irmã gêmea e uma mais velha), a minha infância e adolescência sempre foram muito solitárias, e ser uma menina negra fez com que enfrentasse diversos desafios em relação à minha própria identidade, fruto do racismo e preconceito das pessoas.

Aos 13 anos, percebi que me interessava por garotas. Cheguei a me apaixonar por algumas, mas somente com 18 anos vivi o meu “primeiro amor”.

Minha mãe sempre teve uma cabeça aberta, então,  minha sexualidade nunca foi um problema ou desafio para a nossa relação. O meu pai já demonstrou mais resistência, sendo ignorante em diversos momentos. Atualmente, temos uma relação mais positiva e ele me aceita e me respeita.

Mesmo enfrentando algumas dificuldades, sempre busquei acreditar em mim e lutar para que a minha voz fosse ouvida.

Estou em um relacionamento com a Estela há 2 anos e ser acolhida e abraçada pelas pessoas é extremamente valioso e importante. Temos o direito de amar, sem medo e sem dor!

Visibilidade lésbica

Falar sobre a visibilidade lésbica, é lembrar do direito que nós mulheres lésbicas temos de existir e de ocupar espaços em que os nossos afetos sejam respeitados. De entender a importância que há em políticas públicas, que nos permita viver sem ser vítimas de preconceito. Não merecemos nenhum tipo de punição ou desprezo por amar mulheres.

É importante dar  espaço para falar e dividir as nossas vivências. Também é importante que as pessoas compartilhem/divulguem o trabalho de outras mulheres lésbicas, para que elas possam ser ouvidas e lembradas. Além disso, não devemos tolerar qualquer tipo de preconceito"

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