Careers
Confira dicas para PCDs iniciarem a carreira
8 setembro 2021
Careers
8 setembro 2021
Temos acompanhado uma mudança de paradigmas em relação à diversidade no mercado de trabalho. Viver a diversidade no dia a dia hoje é fator essencial para a cultura de qualquer empresa, afinal, um ambiente de trabalho só é produtivo e agradável se todos os funcionários puderem exercer sua função sem se preocupar com o que ou como são.
A sigla PCD significa Pessoa Com Deficiência, e é o termo adequado para nos referirmos a esse público. O termo “portador de deficiência”, usado durante muito tempo, já não é mais o ideal. Uma pessoa com deficiência – seja congênita (de nascimento) ou adquirida – é uma pessoa que por conta de sua condição exige alguma adaptação ou tem algum tipo de limitação acarretada pela deficiência.
Então, vamos lá!
Por onde começo?
O Brasil possui a lei de cotas de PCDs, que garante uma porcentagem de posições dedicadas a pessoas com deficiência nas empresas. Por isso um bom começo (e passo inevitável) é solicitar seu laudo de pessoa com deficiência, incluindo o CID – Classificação Internacional de Doenças. Toda empresa vai solicitar esse laudo caso você seja contratado. Por isso, nada melhor do que já tê-lo em mãos. Quem pode te apoiar neste tema é o médico que te acompanha.
E por que o laudo é importante?
Porque ele designa a sua deficiência e ajustes necessários, caso a empresa precise te amparar. É a partir dele que o profissional é incluído na cota da lei. Sem este laudo, o profissional não entra na lei de cota e deixa de ser um benefício para ambas as partes.
Depois que você tiver com o laudo em mãos é hora de procurar emprego! Mas onde?
Se você faz parte de alguma instituição de apoio a pessoas com deficiência, este pode ser um bom caminho. Estas instituições geralmente têm relacionamento com empresas interessadas em contratar profissionais com deficiência e podem te amparar nesta busca, ou ao menos te orientar por onde começar.
Você pode também fazer a sua busca. Hoje em dia a fonte de divulgação de vagas mais eficiente sem dúvidas é a internet. Nas páginas de empresas, sites de empregos e no LinkedIn você terá mais chances de encontrar posições.
Não tenho nenhuma especialização. E agora?
Sabemos que a educação formal nem sempre é inclusiva e pessoas com deficiência geralmente têm a conclusão do ensino formal com algum atraso, em comparação a pessoas sem deficiência. A família também pode, em alguns casos, ser uma barreira nesse quesito, seja por medo, proteção, ineficiência da educação oferecida. Por esses motivos, às vezes atrasam a conclusão da educação básica das pessoas com deficiência.
A boa notícia é que o conhecimento está muito mais democratizado atualmente! Hoje, assim como as empresas, as instituições de ensino estão cada vez mais interessadas em receber pessoas com deficiência, o ensino está mais inclusivo.
Inclusive, a Educação à Distância apoia a inclusão educacional de muitos casos de deficiência, já que por meio dela o aluno não precisa se preocupar com questões de acessibilidade física. Já existem até diversos softwares de leitura para deficientes visuais, por exemplo.
Além da educação formal, diversas ONGs promovem a formação para profissionais de entrada. É o caso, por exemplo, da Rede Cidadã e da Ser Mais, ONGs parceiras da Accenture que provê o programa Start. Clique aqui para ler mais sobre o Start.
Fui chamado para um processo seletivo!
Conseguiu uma entrevista? Então agora é hora de praticar:
Agora que você já está preparado, boa sorte na sua jornada!
Débora Canelas é psicóloga, possui MBA em Gestão Estratégica de Pessoas e Especialização em andamento em Neuropsicologia em Terapia ABA para Autismo e Deficiência Intelectual. Com 15 anos de experiência generalista em Recursos Humanos, ela tem passagem por indústrias, consultorias e saúde mental. Na Accenture, ela é Analista Sênior focada nas pautas de diversidade e inclusão, especialmente para profissionais PCDs. Conecte-se via Linkedin.