Careers
Autenticidade: a bússola para uma carreira de sucesso
6 julho 2022
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6 julho 2022
Destemida e comprometida, Gylka Campos é o exemplo de que inovação e autenticidade andam lado a lado. Ela é uma das pessoas que buscam o crescimento fora de sua zona de conforto e, encontrou sua profissão dos sonhos em um dos maiores desafios de sua carreira.
“Tenho 34 anos e entendi, de fato, minha sexualidade aos 20, mas apenas me assumi aos 24. Quando contei para minha família foi um grande choque, principalmente para minha mãe, devido a paradigmas religiosos. Meu pai é falecido. A sorte é que sempre contei com o apoio da minha irmã.
No entanto, além das questões familiares, outras dificuldades apareceram no caminho. Eu morava no interior de Recife (PE), em Limoeiro, o que tornava o preconceito mais desmascarado. Então, aos 18 anos, me mudei para capital e comecei a cursar enfermagem. Para pagar minha faculdade, trabalhei como técnica de contabilidade em um escritório e, anos depois, em uma empresa de tecnologia. Quando terminei a graduação, pedi demissão para seguir, até então, o meu sonho de ser enfermeira.
A minha personalidade otimista e focada permitiu que buscasse a minha independência e, me tornou uma pessoa resiliente para enfrentar desafios e superar situações de preconceito. Por mais absurdo que pareça, a descriminação que mais sofri foi por ser lésbica e feminina. Este estereótipo infundado, decorrente de uma ideia preconcebida e equivocada, era extremamente ofensivo. Ouvi muitos comentários que categorizavam a minha orientação sexual como algo vulgar. Me considero uma pessoa fechada e, naturalmente, quanto mais comentários maldosos eu ouvia, seja de maneira direta ou mascarada, mais ‘na minha’ eu ficava.
A oportunidade para a mudança
Entre os meus oito anos na área de enfermagem, trabalhei na com o gerenciamento da saúde pública e era responsável pela parte burocrática da medicina do trabalho. Cenário que, por intermédio da COVID-19, me trouxe um novo desafio de carreira, adequar a tecnologia da empresa à situação de calamidade que todos enfrentávamos. Comecei a desenvolver aplicativos para otimizar tempo e fazer uma melhor gestão dos profissionais. Foi meu momento de epifania, quando percebi que deveria estudar programação. Depois disso, fiz uma pós-graduação em Gestão de Qualidade de Sistemas e comecei alguns cursos. Um deles foi a Academia SAP para Mulheres, da Accenture. Após concluir a certificação, fui contratada pela empresa e, atualmente, faz seis meses que aprendo muito no projeto que estou alocada.
Aqui, eu posso ir mais longe
Posso afirmar que sinto imenso orgulho de trabalhar em uma companhia que prioriza temas tão necessários e de ser aliada ao Comitê Pride (voltado à comunidade LGBTQIA+). Não tenho receio de falar abertamente do meu casamento de dois anos com a Rosana, independentemente do local, do cliente ou da reunião. Sem dúvida, isso deixa a minha rotina de trabalho mais leve e produtiva. O compromisso da Accenture com Inclusão & Diversidade fortalece o propósito que temos em comum. Deste modo, ajudamos a levar a mudança para clientes e comunidades e mostramos, por meio de ações, que unidos em prol do amor podemos ir mais longe.”