Na nossa tendência de infra-estruturas líquidas do ano passado, previmos a cadeia de distribuição como um novo ponto de criação de valor7. Desde então, o nosso pensamento evoluiu de duas formas principais:
- Esperamos uma necessidade urgente de aproximação do marketing, do serviço ao cliente e da cadeia de distribuição para proteger e apoiar a reputação da marca.
- Acreditamos que desenhar para o equilíbrio entre preço acessível e sustentabilidade pode ser a próxima grande oportunidade para as marcas explorarem novos territórios. Numa última análise, muitos consumidores provavelmente pesarão o bem do planeta contra as necessidades básicas da sua família quando a fazer decisões de compra. O equilíbrio entre ambos deve estar no centro da inovação da sustentabilidade das marcas.
A necessária mudança de mentalidade, será a de separar a ideia de inovação da noção de "novo". Diz-se frequentemente que as pessoas têm de mudar comportamentos, mas isto é difícil quando elas estão constantemente a ser influenciadas contrariamente. Para os comportamentos sustentáveis se consolidarem, as marcas vão ter de pensar de maneira diferente.
Um método pode ser criar uma nova proposta de valor para os clientes com serviços que prolonguem a vida do produto. As melhorias incrementais, em contraste, apenas tentam os consumidores a deitar fora artigos ainda operacionais e comprar novos.
Prevemos um crescimento de momentum para "negócio regenerativo" que substitui o modelo tradicional "comprar, usar, descartar" por uma abordagem mais circular. Este caminho pode envolver a exploração de novas práticas tais como preços dinâmicos, micro-fábricas e fabrico hiper-localizado. Provavelmente o movimento "natureza positiva" pode também ganhar popularidade nos próximos anos. Natureza positiva significa incrementar a resiliência do nosso planeta e das sociedades de forma a parar e reverter a perda ambiental.
As organizações terão de fazer mais do que atenuar os impactos negativos. Elas terão de apoiar a capacidade do nosso planeta para se reabastecer, o que poderá significar desmantelar os sistemas dos quais as pessoas dependem.
Ao questionarmos o papel da pensamento de abundância no negócio, "menos" não tem que significar "perda". Repensar a nossa configuração standard de abundância, é o primeiro passo. O segundo passo, é começar a colaborar com outros no ecossistema para enfrentar as alterações climáticas - o nosso desafio mais urgente.